Perguntas & Respostas
A seguir, encontra-se a dúvida que não foi respondida durante o Encontro Online.
Se o laboratório dispõe das condições adequadas para realizar os procedimentos descritos abaixo, pode sim.
Controle microbiológico: a água de alimentação pode formar biofilmes, que interferem nos resultados de exames laboratoriais e degradam equipamentos pela biocorrosão. O biofilme é fonte de endotoxinas e polissacarídeos, gerando a contaminação e a perda da pressão da água. São realizados por meio da técnica de contagem de bactérias heterotróficas (THPC), em que o valor obtido é uma aproximação do número de microrganismos viáveis presente no sistema de purificação. As metodologias utilizadas são as técnicas de espalhamento em placa, de membrana filtrante e por microscopia de epifluorescência. O controle microbiológico deve ser feito semanalmente.
Referência: Mendes, M. E., Fagundes, C. C., Porto, C. C. do., Bento, L. C., Costa, T. G. R., Santos, R. A. dos., & Sumita, N. M.. (2011). A importância da qualidade da água reagente no laboratório clínico. Jornal Brasileiro De Patologia E Medicina Laboratorial, 47(3), 217–223. https://doi.org/10.1590/S1676-24442011000300004
2.1. Como realizar teste de carbono orgânico total?
Para determinar os níveis de contaminantes orgânicos presentes na água são empregados os analisadores de carbono orgânico total. Geralmente esses equipamentos usam o mesmo princípio, ou seja, oxidam os compostos orgânicos, gerando e medindo o gás carbônico produzido. Os mecanismos para essa oxidação podem ser: a combustão, a oxidação ultravioleta com persulfato, a promoção de ozônio ou a fluorescência UV.
Referência: Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na prática / organizadoras, Carla Albuquerque de Oliveira, Maria Elizabete Mendes. – 1.ed. – Rio de Janeiro: ControlLab, 2011.
2.2. Qual a periodicidade indicada para o monitoramento de TOC e análise microbiológica?Semanal, mensal?
A análise do TOC deve ser realizada mensalmente para garantir a ausência de moléculas orgânicas.
O controle microbiológico deve ser feito semanalmente.
Referência: Mendes, M. E., Fagundes, C. C., Porto, C. C. do., Bento, L. C., Costa, T. G. R., Santos, R. A. dos., & Sumita, N. M.. (2011). A importância da qualidade da água reagente no laboratório clínico. Jornal Brasileiro De Patologia E Medicina Laboratorial, 47(3), 217–223. https://doi.org/10.1590/S1676-24442011000300004
Sim. Uma vez que não há especificações para este tipo de água o ideal é que ela atenda as especificações do manual do analisador.
Usualmente os manuais dos equipamentos que compõe os sistemas de purificação trazem informações sobre os procedimentos de manutenção necessários que devem ser realizados para cada uma das partes do sistema em casos onde os parâmetros de qualidade da água purificada não estejam sendo observados. Crescimento bacteriano acima do preconizado, por exemplo, potencialmente requer uma limpeza e desinfecção do sistema de purificação. Esse procedimento estará descrito nas instruções de uso do equipamento. Potencialmente existe a necessidade de substituição de alguma parte/algum filtro também em um contexto como este. Assim, como já mencionado, os manuais dos equipamentos deverão conter as instruções dos procedimentos que vão auxiliar na solução deste tipo de situação.
No dia a dia, a equipe do laboratório pode observar e registrar a coloração, a turvação e o odor, os quais podem indicar uma má qualidade da água.
Dependendo das condições da rede de abastecimento deve-se verificar a possibilidade de pré-tratamento para esse purificador, com a instalação de um pré-filtro, visando-se à preservação do sistema e a melhorias no seu desempenho.
Referência: Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na prática / organizadoras, Carla Albuquerque de Oliveira, Maria Elizabete Mendes. – 1.ed. – Rio de Janeiro: ControlLab, 2011.
A resistividade baixa é um indicador de quantidade aumentada de íons. Como o preconizado para água reagente (conforme o CLSI) é uma resistividade >10 MW.cm, o ideal é investigar a causa dessa baixa resistividade e sanar o problema para não correr o risco de ter a produção de uma água purificada com quantidade inadequada de íons. Creio que seja relevante verificar junto a assessoria se dispõe de referências na literatura para respaldar essa informação que está sendo passada e qual a normativa nacional/internacional que eles utilizam para embasar as especificações de qualidade da água reagente. Desta forma provavelmente seja mais fácil entender o que está ocorrendo, bem como as informações que eles estão passando para o seu laboratório.
A sílica é um contaminante/interferente que pode impactar nos equipamentos em uso em função da possibilidade de formação de depósitos que podem obstruir partes dos equipamentos e repercutir nos volumes pipetados por eles, desta forma, esse parâmetro é relevante para qualquer metodologia que utilize equipamentos para sua realização.
Cabe a cada laboratório clínico definir a frequência de medições dos parâmetros de sua água purificada e do seu sistema de purificação. Assim como deve-se estabelecer a frequência de revalidações, baseando-se na sua análise de riscos e em aspectos práticos, considerando as características de sua rotina diagnóstica e do seu negócio. A periodicidade de monitoramento deve possibilitar a detecção
de tendências, permitindo mudanças e medidas de manutenção o mais breve possível. Os riscos para o serviço aumentam na proporção em que se amplia intervalo entre recalibrações.
Referência: Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na prática / organizadoras, Carla Albuquerque de Oliveira, Maria Elizabete Mendes. – 1.ed. – Rio de Janeiro: ControlLab, 2011.
Exemplos de periodicidades:
TOC: A análise do TOC deve ser realizada mensalmente para garantir a ausência de moléculas orgânicas.
Microbiologia: O controle microbiológico deve ser feito semanalmente.
Referência: Mendes, M. E., Fagundes, C. C., Porto, C. C. do., Bento, L. C., Costa, T. G. R., Santos, R. A. dos., & Sumita, N. M.. (2011). A importância da qualidade da água reagente no laboratório clínico. Jornal Brasileiro De Patologia E Medicina Laboratorial, 47(3), 217–223. https://doi.org/10.1590/S1676-24442011000300004
• A princípio, apenas os testes preconizados no documento da instituição que o laboratório usa como base para as especificações da sua água reagente são necessários.
• Por exemplo, para o CLSI, são os parâmetros abaixo que precisam ser monitorados:
• Contagem de unidades formadoras de colônias bacterianas (UFCs/ml) devem ser inferiores a 10;
• Quanto ao material particulado, o filtro, no final da purificação deve remover partículas com diâmetro superior a 0,22 mm;
• Para o carbono orgânico total, os níveis aceitos devem ser inferiores a 500 ppb;
• Resistividade superior a 10 MW.cm;
• Isenta de materiais orgânicos e inorgânicos, partículas e coloides, além de bactérias e seus subprodutos.
O laboratório precisa garantir a qualidade da água que purifica a partir do monitoramento das especificações da qualidade da água conforme o documento da instituição que optou por seguir.
Por exemplo, para o CLSI, são os parâmetros abaixo que precisam ser monitorados:
• Contagem de unidades formadoras de colônias bacterianas (UFCs/ml) devem ser inferiores a 10;
• Quanto ao material particulado, o filtro, no final da purificação deve remover partículas com diâmetro superior a 0,22 mm;
• Para o carbono orgânico total, os níveis aceitos devem ser inferiores a 500 ppb.
• Resistividade superior a 10 MW.cm;
• Isenta de materiais orgânicos e inorgânicos, partículas e coloides, além de bactérias e seus subprodutos;
• O monitoramento microbiológico, especificamente, preconiza avaliação semanal (7 dias) da qualidade da água, o que basicamente está conectado com o tempo necessário de espera de 5 dias para conclusão;
• Conforme a norma PALC, para os defeitos que ocorrerem durante as rotinas, o SGQ do laboratório deve contemplar a avaliação de impacto nas amostras de pacientes processados antes da detecção dos defeitos e suas ações corretivas;
• Sempre que um equipamento analítico se encontrar defeituoso, deve ser retirado de uso, claramente identificado ou adequadamente segregado até que tenha sido reparado;
• Antes de entrar em uso, deve ser demonstrada a efetividade do reparo por meio de análise de materiais de controle e de amostras de pacientes com valores conhecidos ou outro método aplicável e cientificamente válido;
• Verificar a identificação ou segregação de equipamentos analíticos com defeito.
• Verificar os registros da análise de impacto sobre os resultados das amostras anteriores à descoberta do defeito;
• Verificar registros que comprovem a efetividade do reparo.
Referência: Norma PALC 2025
Para os controles produzidos pela Controllab: na Instrução de Uso e Critérios Adicionais a orientação é para utilizar água reagente. No entanto, este é um conceito geral definido pela CLSI.
É importante que a participante tenha conhecimento dos parâmetros definidos pelo CLSI da água pura que quer utilizar, a fim de analisar se ela se enquadra como água reagente e se será possível utilizá-la ou não.
Em nosso livro Gestão da Fase Analítica do Laboratório Volume II, cap 5 Água Reagente, abordamos os tipos de água e suas classificações. Assim, irá apoiar a participante na consulta se a água que dispõe se enquadra na exigida pelo provedor Controllab para manipulação dos materiais do Ensaio de Proficiência.
Vale destacar que é necessário atenção com a degradação da água quando estocada, e deve-se validar os parâmetros do CLRW (Clinical Laboratory Reagent Water) ao longo do tempo.
Sim, dependendo da normativa que o laboratório utilizar há níveis máximos permitidos para esse parâmetro. Portanto é necessário fazer essa avaliação e usar meios para remoção deste material.
Cabe a cada laboratório clínico definir a frequência de medições dos parâmetros de sua água purificada e do seu sistema de purificação. Assim como deve-se estabelecer a frequência de revalidações, baseando-se na sua análise de riscos e em aspectos práticos, considerando as características de sua rotina diagnóstica e do seu negócio. A periodicidade de monitoramento deve possibilitar a detecção de tendências, permitindo mudanças e medidas de manutenção o mais breve possível. Os riscos para o serviço aumentam na proporção em que se amplia intervalo entre recalibrações.
Referência: Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na prática / organizadoras, Carla Albuquerque de Oliveira, Maria Elizabete Mendes. – 1.ed. – Rio de Janeiro: ControlLab, 2011.
A princípio, apenas os testes preconizados no documento da instituição que o laboratório usa como base para as especificações da sua água reagente são necessários.
Por exemplo, para o CLSI, são os parâmetros abaixo que precisam ser monitorados:
Contagem de unidades formadoras de colônias bacterianas (UFCs/ml) devem ser inferiores a 10 (semanalmente).
Quanto ao material particulado, o filtro, no final da purificação deve remover partículas com diâmetro superior a 0,22 mm.
Para o carbono orgânico total, os níveis aceitos devem ser inferiores a 500 ppb.
Resistividade superior a 10 MW.cm (diariamente)
Isenta de materiais orgânicos e inorgânicos, partículas e coloides, além de bactérias e
seus subprodutos.
É necessário verificar essa informação na normativa que o laboratório opte por seguir. Os valores são diferentes conforme a normativa e o tipo de água, bem como, pode não haver especificação para este parâmetro.
Água reagente para laboratórios clínicos (CLRW) é a água purificada que atende as especificações do CLSI.
Água destilada é a água que passou pelo processo de destilação. Se o laboratório não tiver o tipo de água recomendado nas instruções do provedor Controllab, podem ser utilizadas a Água Destilada (Estéril), Água Deionizada (Estéril), Água Ultrapura ou Água Bidestilada.
Em nossa Instrução de Uso e Critérios Adicionais a orientação é que se utilize água reagente. No entanto, este é um conceito geral definido pela CLSI.
É importante que a participante tenha conhecimento dos parâmetros definidos pela CLSI da água pura que quer utilizar, a fim de analisar se ela se enquadra como água reagente e se será possível utilizá-la ou não.
Em nosso livro Gestão da Fase Analítica do Laboratório Volume II, cap 5 Água Reagente, abordamos os tipos de água e suas classificações. Assim, irá apoiar a participante na consulta se a água que dispõe se enquadra na exigida pelo provedor Controllab para manipulação dos materiais do EP.
Vale destacar que se deve tomar cuidado com a degradação da água, quando estocada e deve-se validar os parâmetros do CLRW (Clinical Laboratory Reagent Water) ao longo do tempo.
Sim. Inclusive, esse tipo de água demanda do usuário cuidado com a degradação quando estocada e validação dos parâmetros da Água Reagente para Laboratórios Clínicos (CLRW) ao longo do tempo de sua utilização. Cada novo lote de água envasada deve ser validado antes de seu uso.
A água reagente para laboratórios clínicos (CLRW) é a preconizada para uso nos laboratórios clínicos. Água de injeção demanda do usuário cuidado com a degradação quando estocada e validação dos parâmetros da água reagente para laboratórios clínicos (CLRW) ao longo do tempo de sua utilização. Cada novo lote de água envasada deve ser validado antes de seu uso.