O Encontro Online foi ministrado pelo Dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, médico patologista clínico, mestre e doutor em Medicina, gerente médico no Einstein Hospital Israelita, coordenador no Laboratório Central da Escola Paulista de Medicina/Hospital de São Paulo e diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML.
A aula abordou abordou aspectos pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos dos exames de gasometria, eletrólitos e metabólitos, integrados à avaliação ácido-base, além de aspectos clínicos e laboratoriais.
Com conteúdo atualizado, a capacitação proporcionou uma visão abrangente do exame integrado de gasometria, abordando desde a correta indicação e coleta de amostras venosas e arteriais, até transporte, armazenamento, processamento, controle de qualidade e interpretação dos resultados.
Perguntas & Respostas
A seguir, encontram-se as dúvidas que não foram respondidas durante o Encontro Online.
Sobre harmonização/comparabilidade entre equipamentos de gasometria, poderia indicar como fazer uma vez que a amostra tem limitações de tempo e exposição ao ar?
Processar rapidamente (até 30 minutos da coleta) as amostras entre os equipamentos e avaliar os resultados, garantindo que as seringas das amostras da rotina não sejam expostas ao ar. Uma opção é utilizar as amostras de controle externo por equipamento, como resultado de comparabilidade.
Como realizar a harmonização se os gasômetros estão em UTIs distantes umas das outras dentro do complexo hospitalar?
Idem resposta acima.
Qual a periodicidade recomendada para a harmonização?
Pelo menos 1 vez ao ano, sendo necessário avaliar se as instituições acreditadoras alteraram a exigência.
O que pode elevar o PO2 em pacientes internados que não estão em ventilação mecânica?
Estão recebendo oxigênio por máscara ou cateter.
O processo de IQM substitui o controle interno?
Não, avaliam de forma diferente.
Sobre a correção da temperatura na gasometria, qual a importância?
Corrigir os valores de acordo com a temperatura da amostra, assim como é feita a correção para a pressão atmosférica (inserida no equipamento). Para a temperatura, os equipamentos estão padronizados para 37 °C. Em casos de hipertermia ou hipotermia, os valores aferidos de pressão parcial de oxigênio, CO₂ e pH podem não refletir com precisão o estado fisiológico in vivo, levando a interpretações clínicas equivocadas se não forem ajustados. A afinidade pelo oxigênio, por exemplo, diminui com o aumento da temperatura. Tabela abaixo: curva de dissociação de oxigênio.
Pode fazer coleta de gasometria na mesma punção da coleta dos demais exames de rotina (tubos)?
Sim.
É possível através dos valores obtidos na gasometria que indiquem a perda de estabilidade da amostra?
Você pode suspeitar, avaliando a correlação clínica. Avaliando somente no laboratório, não. Ou valores que requerem nova coleta? Só com laboratório, não.