O estudo desses líquidos é considerado uma ferramenta indispensável na entrega de dados assertivos para o diagnóstico
A análise de líquidos cavitários é de extrema importância para o fornecimento de dados essenciais para o diagnóstico, processo terapêutico eficaz e o acompanhamento de condições patológicas, como por exemplo complicações provenientes das doenças hepáticas e cardíacas crônicas, assim como na tuberculose e nas sinovites, entre várias outras.
Nos últimos anos tem ocorrido um maior interesse no desenvolvimento da análise automatizada de líquidos corporais, principalmente devido às limitações da contagem manual de células, ocasionadas pela falta de experiência do observador ou por falta de padronização do processo da análise em si.
Atualmente, diversos equipamentos possuem um módulo específico para análise de fluidos biológicos, proporcionando boas correlações entre os métodos manual e o automatizado. Especificamente para as contagens totais de células nucleadas (TC-BF) e glóbulos brancos (WBC-BF) em líquidos cavitários, segundo observações em artigos. Porém, vale ressaltar que a diferenciação celular deve ser sempre realizada em microscopia ótica manual.
Esse cenário evolutivo da automação em correlação com os métodos manuais otimiza os processos dos exames, tanto em relação ao tempo, quanto na reprodutibilidade das análises. Ou seja, possibilita menor tempo de liberação e maior confiabilidade dos resultados.
Controle dos Processos de Líquidos Cavitários
Frente a aplicação da microscopia ótica manual na rotina, algumas variáveis impactam no resultado das análises dos líquidos cavitários, tais como: a falta de experiência do observador, o uso de insumos inadequados e a falta de padronização do processo.
Visando um adequado desempenho nas análises dos líquidos, cada laboratório define o seu fluxo de processos baseado nas normas de acreditação escolhidas, para obter um bom controle e consequentemente um resultado confiável.
Nesses fluxos, é recomendado que a análise celular de líquidos cavitários seja realizada na câmara de Fuchs Rosenthal, segundo o Prof. Guilherme Dienstmann, Biomédico e Assessor Científico da especialidade na Controllab. A realização da lâmina para análise citomorfológica, quando na presença de baixa celularidade, deve ser realizada após o uso de citocentrífuga e com um corante derivado de Romanowski.
Adicionalmente, treinamentos contínuos devem ser realizados com os profissionais do laboratório, buscando a evolução e otimização dos processos. Para uma análise laboratorial de excelência, deve-se observar os recursos fornecidos, o que inclui avaliar a necessidade de aquisição de novos insumos e equipamentos mais modernos como um investimento para esse reconhecimento.
Para atualização profissional, plataformas de artigos científicos como a Scielo e PubMed podem ser valiosas fontes de referência. As orientações fornecidas por provedores de controle de qualidade e pelas normas de acreditação também complementam essas fontes.
Controle de Qualidade em Líquidos Cavitários
O controle de qualidade deve acompanhar a constante evolução das rotinas analíticas. É possível identificar empresas que fornecem os equipamentos com módulo específico para líquidos biológicos em conjunto com o controle comercial para esse módulo. Quando o controle comercial é produzido por um fornecedor diferente do fabricante do equipamento é possível detectar variações mais sensíveis, que não seriam detectadas quando se utiliza o controle desenvolvido especificamente para determinado sistema analítico.
Esses controles produzidos por fabricantes diferentes do próprio sistema analítico são conhecidos como controles de terceira opinião. São controles independentes, que geralmente incluem valoração interlaboratorial em diferentes sistemas e reproduzem de maneira fidedigna a performance das amostras de pacientes, fornecendo uma avaliação imparcial. É possível também que o próprio laboratório produza seus controles, desde que observadas as normas de acreditação escolhidas.
Aplicar um monitoramento contínuo (conhecido como Controle Interno) e uma comparação externa periódica (conhecido como Controle Externo ou Ensaio de Proficiência) insere confiabilidade nas rotinas analíticas. A aplicação do Controle Interno auxilia o laboratório a identificar erros aleatórios que possam interferir nos resultados das análises. Quando o laboratório participa no Controle Externo consegue identificar se há incidência de tendências positivas e negativas ocorrendo em sua rotina (erros sistemáticos).
A Controllab é um provedor de controle de qualidade laboratorial com 45 anos de experiência. Dispõe de um corpo técnico qualificado e assessorado por especialistas nas áreas de controle oferecidas. As análises estatísticas e o controle das amostras utilizadas nos serviços são rigorosamente avaliados por esses profissionais.
Entre os controles oferecidos pela Controllab, destacam-se as soluções oferecidas para as rotinas de Líquidos Cavitários. O abrangente programa inclui as metodologias automatizadas e manuais.
Confira os programas para Líquidos Cavitários da Controllab:
Programas | Ensaios contemplados | Serviços disponíveis | |
Multiparâmetros | Bioquímica | Ácido Lático (Lactato), Ácido Úrico, Adenosina Deaminase (ADA), Albumina, Amilase, Bilirrubina Total, Cálcio Total, Cloretos, Colesterol, Creatinina, Densidade, Desidrogenase Láctica (LDH), Ferritina, Fosfatase Alcalina (ALP), Gama GT, Glicose, Lipase, pH, Potássio, Proteínas Totais, Sódio, Triglicerídeos e Ureia | |
Imunologia | Alfa-1-glicoproteína Ácida, CA 125, CA 15-3, CA 19-9, CEA, Complemento C3 e C4 | ||
Contagem Celular | Células Nucleadas e Hemácias, Identificação Celular e Citologia | ||
Contagem Celular por Automação | Células Nucleadas e Hemácias | ||
Líquido Sinovial: Cristais | Identificação de Cristais |